Jun 29, 2007
. : TERTULIA GP PORTO - 2
. : 2ª TERTÚLIA GP DO PORTO 2007
- os pilotos portugueses de fórmula 1
Foi este o tema que desta vez Francisco Santos, o promotor do Circuito da Boavista, encontrou para promover o seu evento. Mais uma vez o local escolhido foi o fabuloso Café Majestic, situado em pleno coração da cidade invicta. Nesta noite estiveram presentes os pilotos Rodrigo Gallego, Tiago Monteiro, Nicha Cabral e Pedro Matos Chaves. Pedro Lamy, o outro convidado, não pode estar presente pois ainda se encontra em França, após a sua brilhante actuação nas passadas 24h de Le Mans. Nas restantes mesas do café encontravam-se muitas caras conhecidas do automobilismo nortenho, desde pilotos, ex-pilotos, jornalistas, técnicos, etc. De realçar que a assistência era bastante superior à registada na última sessão, com muitos aficionados dos pilotos de F1 presentes e uma grande afluência no final com a distribuição dos cartazes da prova e respectivos autógrafos dos pilotos.
Rodrigo Gallego foi o primeiro convidado a falar da sua experiência na F1, ele próprio um pouco admirado pela importância que este campeonato tem e das boas recordações que tem vivido nestas provas que percorrem circuitos míticos da Europa como é o caso do Mónaco ou de SPA Francorchamps. O piloto contou como se iniciou neste campeonato em 2002, juntamente com a equipa MEC Auto e o March 761 – que R. Peterson levou à vitória no GP de Monza em 1976. Referiu ainda que tem uma carta escrita por Max Mosley, fundador da March, a agradecer o título conseguido em 2004!
Actualmente, R. Gallego corre com um Minardi M85 – chassi número 1 – que foi construído em kevlar e que devia ser equipado com um motor Alfa Romeu Turbo de 1000 cavalos. Mas à última hora houve um desentendimento e o motor que equipa o carro italiano é um Cosworth de apenas 550 cv. Da maneira que o Minardi foi projectado tem um excessivo apoio aerodinâmico e é complicado de conduzir. Após algumas sessões no túnel de vento – a 10.000 euros cada uma – já conseguiram reduzir parte desse apoio e nas zonas sinuosas o Minardi já consegue andar com os restantes F1, mas nas rectas o carro trava imenso e perde muito tempo.
Para o circuito da Boavista, Rodrigo vai conduzir o antigo March, que se encontra actualmente no museu do circuito de Spa, na Bélgica. Outro carro que vai ter a possibilidade de conduzir no circuito histórico do Porto, será o BMW 328 de Campos Costa, que está na Alemanha a ser preparado e apresenta um motor com cerca de 140 cavalos. Gallego vai dividir a condução deste automóvel com Nicha Cabral. Finalmente, o Lola ex-team BIP também vai estar presente no circuito do Porto juntamente com o seu antigo piloto, Carlos Gaspar, assim como Heini Mader, antigo preparador do Lola.
E a propósito do Lola, Eduardo Passos, um dos dirigentes do circuito de Vila Real, fez uma breve apresentação da prova e da emoção que certamente será voltar a ver esta máquina no circuito transmontano. Referiu ainda 3 provas que tencionam levar a efeito e que serão “uma prova para automóveis Vintage, outra para os Datsun 1200 ex-troféu e finalmente a encerrar o programa do circuito uma prova de homenagem ao falecido piloto Manuel Fernandes que irá agrupar automóveis de competição de meados dos anos 80” – que disse possuir já bastantes pré-inscrições.
Nesta altura Francisco Santos passava a palavra ao Tiago Monteiro, referindo ainda que Miguel Pais do Amaral vai alinhar no circuito da Boavista com um Porsche 917!
Tiago começava por referir a importância de apoiar os pilotos jovens e do retorno imediático que a imprensa devia fazer para ajudar a carreira dos nossos jovens. O seu pai, também presente, lembrou como o Tiago começou a correr – um teste no Porsche do troféu em Paul Ricard – e como se sagrou campeão logo no ano seguinte e depois o convite para fazer F3. Nada mal para quem até aos 20 anos só pensava em motas...
Uma confidência do piloto, desde que fez a Champ Car nos Estados Unidos só trava com o pé esquerdo. Aconselhado pelo Emerson Fittipaldi, seguiu essa forma de conduzir e reconhece que é bastante mais rápida. Um hábito, diz o Tiago, “que os jovens que praticam kart não deviam perder quando mudam para as categorias superiores”.
De seguida falou Pedro Matos Chaves da sua experiência na F1, quando havia 34 carros mas só podiam alinhar 26. Nesses tempos, Petó – como é conhecido pelos amigos – corria com um Coloni que tinha um motor Subaru V12 boxer. Mas a época foi passada a disputar as qualificações com a Jordan, a Dallara e a Fondmetal. Infelizmente a parte técnica não funcionava eficazmente e revelou-se uma desilusão para o piloto. “Na F1 a parte técnica tem uma importância fundamental, diria que o piloto conta 25% e o restante é o carro”. Tiago Monteiro diz que será “cerca de 30% para o piloto e o restante está na tecnologia”, ou seja, os carros fazem a diferença independente de quem os conduza.
Para terminar, porque a noite já vai longa, Francisco Santos revela que nos dias 5 e 12 de Julho irá haver um desfile de viaturas de competição pela cidade. Vão sair do padock, fazem o circuito até ao Castelo do Queijo, seguem pela marginal até ao Estádio do Dragão onde param para uma sessão fotográfica. De seguida atravessam até à Avenida dos Aliados onde junto à câmara municipal serão recebidos pelo presidente, Rui Rio.
Finalmente, os próximos eventos; no dia 30 de Junho na discoteca ACT vai ser apresentado o vestuário oficial da prova e no dia 12 de Julho vai ser organizado um baile comemorativo no Salão Nobre da Alfândega, recriando o ambiente vivido nos anos 50 e 60.
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